um palmo abaixo do plexo
levito a letra que me encerra
me diz o silêncio, me aferra,
busca minha tenda na terra
invade, assombra a sala, a era,
destituindo tudo que me dera
no centro exposto da esfera.
me concentro e sinto deveras
todas as veias da minha fera.
ainda peso penso à esquerda
quando intento alguma perda.
vergo o mastro na chuva lerda
naufragado o tempo de vê-la.
no horizonte ouro de perde-la
desde que o sol pingente erga
um "dia-monumento" e lenda
no seu desterro de mim: ela.
volto ao texto pardo, antigo.
'serei seu amante ou amigo?'
já me perdi nos oráculos idos
aos cantos mais escondidos
do mundo novo e do esquecido
apenas para ver-te o ambíguo
dourado ao redor do umbigo
dos deuses cobiçosos malignos.
charles souza.
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