bem vindos ao lugar,
não,
a casa,
onde se percebe,
não,
onde se toca
a confusão das palavras,
não,
das idéias
que não se exprimem,
não,
que se ausentam
ao tempo,
não,

ao exílio
das horas.


quinta-feira, 27 de setembro de 2007

to Ilka

tenho o horizonte de Ilka
na cabeça e no coração
uma latência que me impede
de novas abstrações.

tenho seu amor úmido
e me soçobrando em lágrimas.
me sinto seu barco, sua espera
seu amado sempre zarpando.

sinto ela minha ilha
minha terra e tudo que há nela
o mel, a flor, os pássaros
a canção aguda e sem verso.

tenho a necessidade de libertar-me
desse poema escasso que é ela,
tatuando-se em mim indelével
ainda que frágil fuga espero!

charles souza

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